O intuito do post
de hoje é compartilhar com vocês uma pesquisa que realizamos -mediante revisão
bibliográfica - referente aos aspectos que influenciam na vulnerabilidade social
na vida dos caminhoneiros.
Os motoristas de
caminhões são considerados profissionais importantes no desenvolvimento
econômico, político e social para o progresso do país, visto que é um dos
principais meios de locomover as riquezas produzidas no Brasil. A realização desta
pesquisa proporcionou o conhecimento das questões de vulnerabilidade voltadas a
estilo de vida, à sexualidade, doenças transmissíveis e drogas entre os
caminhoneiros. Neste contexto têm-se como principais problemas o
desconhecimento do risco a que estão submetidos em relação à não adesão de
medidas de prevenção para DST /Aids; ao consumo de drogas devido ao curto prazo
de entrega das mercadorias e a distância do percurso de entrega; o longo
período fora de casa ocasiona solidão, aumentando o comportamento de risco.
É válido
salientarmos que os dados sociodemográficos obtidos na presente pesquisa não
diferiram de outros estudos. A maioria dos caminhoneiros pertence ao sexo
masculino, são casados, possuem baixa escolaridade e conhecem os meios de
prevenção para não contrair o HIV, porém o uso do preservativo durante as
relações sexuais não é comum (BRASIL, apud NASCIMENTO, 2003).
A baixa
escolaridade, juntamente com a grande mobilidade geográfica dos caminhoneiros,
pode servir como disseminadores de doenças infecciosas, principalmente aquelas
transmitidas sexualmente, visto que a baixa escolaridade é proporcional ao
nível de conhecimentos sobre prevenção de DST/AIDS (TELES et al.,2008).
O presente post teve como
propósito principal à identificação dos agravos de saúde e qualidade de vida mais
comuns nos motoristas de caminhão – ocasionados na maioria das vezes pela baixa
escolaridade e conhecimento acerca dos assuntos como as DST’s/HIV/Aids, sobre o
uso de drogas, e quais os motivos que os levam a buscar relacionamentos sexuais
e drogas durante as viagens de trabalho.
A partir da revisão bibliográfica da pesquisa preliminar, pode-se chegar à conclusão que além do grupo ser formado na sua maioria por homens, constituindo uma sociedade machista, eles passam muitos dias fora de seu ambiente familiar, tornando-os vulneráveis a procurarem sexo ocasional.
O envolvimento em relações sexuais no período de trabalho é constante entre esta categoria de trabalhadores. Segundo Batista e Persch (2008), os mesmos utilizam o preservativo como método de prevenção em relações ocasionais, porém fica explícito o não uso com suas parceiras fixas, que usam o “conhecer” da parceria como justificativa, no entanto usam como método anticontraceptivo.
Por meio dessa reflexão, pode-se afirmar que há um conhecimento dos caminhoneiros sobre as infecções que os mesmos podem adquirir por meio de relacionamentos esporádicos, porém, mesmo assim, acabam se envolvendo com profissionais do sexo a fim de procurar companhia e acabar com a solidão ocasionada por longos períodos na estrada.
Dadas as exigências do mercado de trabalho, cada vez mais crescentes, aumenta-se a jornada de trabalho, favorecendo o uso de drogas psicoativas para aliviar a ansiedade e o sono, fazendo com que os motoristas consigam realizar as entregas de curto prazo, não levando em consideração os cuidados com a qualidade de vida, aumentando assim o estresse e vulnerabilidade individual, social e coletiva entre essa categoria.
A partir da revisão bibliográfica da pesquisa preliminar, pode-se chegar à conclusão que além do grupo ser formado na sua maioria por homens, constituindo uma sociedade machista, eles passam muitos dias fora de seu ambiente familiar, tornando-os vulneráveis a procurarem sexo ocasional.
O envolvimento em relações sexuais no período de trabalho é constante entre esta categoria de trabalhadores. Segundo Batista e Persch (2008), os mesmos utilizam o preservativo como método de prevenção em relações ocasionais, porém fica explícito o não uso com suas parceiras fixas, que usam o “conhecer” da parceria como justificativa, no entanto usam como método anticontraceptivo.
Por meio dessa reflexão, pode-se afirmar que há um conhecimento dos caminhoneiros sobre as infecções que os mesmos podem adquirir por meio de relacionamentos esporádicos, porém, mesmo assim, acabam se envolvendo com profissionais do sexo a fim de procurar companhia e acabar com a solidão ocasionada por longos períodos na estrada.
Dadas as exigências do mercado de trabalho, cada vez mais crescentes, aumenta-se a jornada de trabalho, favorecendo o uso de drogas psicoativas para aliviar a ansiedade e o sono, fazendo com que os motoristas consigam realizar as entregas de curto prazo, não levando em consideração os cuidados com a qualidade de vida, aumentando assim o estresse e vulnerabilidade individual, social e coletiva entre essa categoria.
Por meio das análises dos
autores estudados, identifica-se a anfetamina e o álcool como principais drogas
usadas entre os caminhoneiros de estrada. Acarretando danos à sua saúde, como a
hipertensão e a diabetes, pois passam por privação de sono, má alimentação,
sedentarismo entre outros fatores negativos inclusive a dificuldade de acesso
aos centros de saúde.
Ante o exposto, foi
possível concluir que, os caminhoneiros são de extrema relevância para a
sociedade em geral, portanto, faz-se necessário uma maior atenção voltada a
esta classe a fim de aprimorar a qualidade de vida desses profissionais, e
promover à eles um acesso mais palpável e cabível as suas condições de trabalho
a formas de conhecimento acerca dos fatores que alteram a qualidade de vida e a
saúde dos mesmos e dos seus familiares.
Sugere-se uma
mobilização de profissionais presentes no dia a dia dos caminhoneiros, bem como
psicólogos que possam atuar em prol desta profissão – em postos de gasolina com
salas de atendimento multiprofissional voltados a esta classe - e contribuir
para a educação em saúde, promovendo e disseminando a compreensão das informação sobre as
patologias que constantemente afetam esta classe de trabalhadores.
Referências:
BATISTA, Elizeth Souza & PERSCH, Fabiane Cristina. Caracterização
sócioeconômica e cultural de caminhoneiros de estradas freqüentadores do Auto
Posto Machadão em
Cacoal-RO. Cacoal , RO. Trabalho
de Conclusão de Curso; FACIMED, 2008, 15p.
TELES, A. S. et al. Comportamentos de risco
para doenças sexualmente transmissíveis em caminhoneiros no Brasil. Rev
Panam Salud Publica, v. 24, n. 1, p. 25-30, 2008.

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